*O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade
Hoje ficamos muito felizes assim que entramos no hospital. Os seguranças já foram nos abraçando com sintomas de saudade. Ah, como é bom ser bem recebido.
Na sequência, conhecemos na sala de espera Alice que aguardava a mãe ser operada e dizia que a mãe estava melhor do que ela. Isso porque nos explicava que o tersol quase dentro do olho direito a incomodava demais e não havia nada que fizesse o bendito desaparecer. Pois bem, prontamente as mulheres que ali estavam começaram a falar de simpatias para resolver o problema. Eis que uma delas solta: - Minha avó dizia que é bom passar aliança e o rabo do gato... é tiro e queda.
Meu pai. Rabo de gato? (crianças não tentem isso em casa). É, eu não tenho essa coragem, mas cada com suas crenças. Melhor não contrariar.
No primeiro quarto identificamos um filósofo: o sábio seu Rodolfo. Ele mora há 30 anos em São Paulo, mas nasceu no nordeste e constatava o quanto é feliz e abençoado. Fiquei tão maravilhada que só fiquei ouvindo. “A felicidade está em tudo. Não adianta o homem ter dinheiro e não ter paz. Sou um cara querido. Esse quarto fica cheio na hora da visita. A vida sem amor não faz sentido”, ele falou ainda muito mais e nos despedimos dele emocionado.
Já no último quarto Ricardo e Isabel completaram esta semana 40 anos de casamento. “Passamos a data aqui no hospital, mas ano que vem faremos uma festa.”
Drª Risadinha e Dr. Caboclinho: - Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje. E sacamos um anel de brilhantes (na verdade daqueles de doce rs) e Ricardo colocou o anel no dedo (mindinho) de Isabel. Foi lindo demais. Que eles vivam mais 40 anos de muita FELICIDADE.
Companheiro
Maria Eugenia (composição: Marcelo Barra, Naire e Tibério Gaspar)
Vai amigo
Não há perigo que hoje possa assustar
Não se iluda
Que nada muda se você não mudar
Ponha alguma coisa na sacola
Não esqueça a viola
Mas esqueça o que puder
E cante que é bom viver
Rasgue as coisas velhas da lembrança
Seja um pouco de criança
Faça tudo o que quiser
E cante que é bom viver