Esse blog foi criado para divulgar o trabalho do Canto Cidadão, Organização Não Governamental (ONG), da qual a Drª Risadinha Risolina é voluntária. Nesta página você lerá textos que expressam as experiências que tenho vivido.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
O retorno
*O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade
Nosso primeiro atendimento in loco do ano foi bem interessante e diferente.Isso porque conhecemos e atuamos com duas doutoras muito bacanas: a Dra. CapeLI LIagui e Dra. Caraxué Conchiglione.Gostamos muito de conhecê-las e desejamos que nunca percam o sorriso e o brilho nos olhos ao realizar esse trabalho. Beijos!
Agora vamos ao post do dia:
Conhecemos Nestor que nasceu na cidade de Palmeiras.
Doutores:Seu Nestor quem nasce lá é o que?
Nestor: Palmeirense
Doutores:E os corinthianos?
Nestor: Não há. Lá só existem palmeirenses (risos).
Parece que o Corinthians não estava mesmo muito em alta nesse domingo. O palmeirense do quarto ao lado já foi provocando o corinthiano vizinho.
Corinthiano: O coringão vai ficar invicto esse ano.
Palmeirense: Vai mesmo. O Corinthians não vai ganhar nenhuma kkkk.
No outro quarto, dona Sandra nos conta que vive sonolenta. Por isso, apesar de gostar de conversar bastante e conhecer pessoas novas tem dormido no ponto, literalmente.
Dona Sandra: Começo a conversar e, de repente, caio no sono. Aí acordo no sobressalto e a pessoa que estava conversando já fora embora há tempos (risos).
E o Fábio que saiu do hospital e começou a pular de alegria na rua quando sua filha nasceu.
Ah, já ia me esquecendo da Ana que fez o enxoval completo para o Joel. Tudo perfeito: roupas, berço, quarto etc e tal ... tudo azul. O detalhe é que na madrugada de hoje quem nasceu foi a...ela ainda não tem nome. A mãe ainda estava se recuperando do susto.
Ana: A enfermeira me disse que a menina era linda. Mas era para ser menino.
Enfermeira: É, mas é uma menina
Agora, a mamãe está à procura de um nome para o presente. Alguém aí tem alguma sugestão?
Quem sonha nunca morre
Dentre tantas tragédias que, infelizmente acontecem todos os dias em nosso país, uma em especial me chamou a atenção: a morte do estudante de biomedicina Alcides do Nascimento Lins, de 22 anos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), assassinado a tiros na madrugada de sábado, em sua casa, no Recife. Este ano, Alcides comemoraria com os colegas de sala a conclusão do curso. Segundo testemunhas, os criminosos estavam procurando por vizinhos do rapaz, mas como ele não soube informar onde estavam,o mataram.
Filho de uma ex-catadora de lixo, Maria Luiza do Nascimento, o jovem foi aprovado em 2007, em primeiro lugar na rede pública. Alcides sempre estudou em escola pública e era morador de uma comunidade carente, mas superou as dificuldades com a ajuda da mãe."Ela me aconselha a ter coragem, a não desistir, porque para a situação do país eu tenho que estudar bastante", disse o estudante em entrevista a um canal de televisão no ano em que passou no vestibular.
Sempre acreditei e acredito que a educação tem o poder de alterar realidades para melhor. Mas é triste e até revoltante pensar como a violência tem tomado conta de nosso dia a dia. É preciso que sejam tomadas providências urgentes para evitar a disseminação de crimes. Sei que o problema é bem mais embaixo e requer imensas modificações sociais. Contudo, penso que a violência só será combatida por meio de uma persistência pacífica na busca incessante pela igualdade social. Alcides lutou até o fim por seu sonho de acesso à educação e igualdade. Prefiro continuar crendo que quem tem sonhos nunca morre.
Filho de uma ex-catadora de lixo, Maria Luiza do Nascimento, o jovem foi aprovado em 2007, em primeiro lugar na rede pública. Alcides sempre estudou em escola pública e era morador de uma comunidade carente, mas superou as dificuldades com a ajuda da mãe."Ela me aconselha a ter coragem, a não desistir, porque para a situação do país eu tenho que estudar bastante", disse o estudante em entrevista a um canal de televisão no ano em que passou no vestibular.
Sempre acreditei e acredito que a educação tem o poder de alterar realidades para melhor. Mas é triste e até revoltante pensar como a violência tem tomado conta de nosso dia a dia. É preciso que sejam tomadas providências urgentes para evitar a disseminação de crimes. Sei que o problema é bem mais embaixo e requer imensas modificações sociais. Contudo, penso que a violência só será combatida por meio de uma persistência pacífica na busca incessante pela igualdade social. Alcides lutou até o fim por seu sonho de acesso à educação e igualdade. Prefiro continuar crendo que quem tem sonhos nunca morre.
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