Esse blog foi criado para divulgar o trabalho do Canto Cidadão, Organização Não Governamental (ONG), da qual a Drª Risadinha Risolina é voluntária. Nesta página você lerá textos que expressam as experiências que tenho vivido.



sábado, 24 de abril de 2010

Água mole em pedra dura...


*O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade

Parecia que os ventos do bom humor não iriam soprar no atendimento de hoje, pois de cara conhecemos o César que não queria papo. Mas como somos duros na queda, nós dedicamos ao mal humorado em questão. Uns 10 minutos depois para a surpresa geral era ele quem nos fazia sorrir. O motivo, é que o colega ao lado era corintiano roxo e fizemos questão de cantar o hino do Timão. Foi então que descobrimos um palhaço em nosso meio.
Cesar – Nossa, está doendo tudo. Ai, ai, ai...essa música horrível, meus ouvidos.
E, assim, ele ficou brincando até a gente cantar o hino do São Paulo. E a dor passou de repente rs.

Em outro quarto descobrimos que aquela música Fio de Cabelo foi composta pelo Roberto Carlos. Ops!Que o cara é o rei até no hospital vocês já sabem, mas daí a atribuir todas as músicas a ele é exagero.
Pois é, mas a Carolina jurava de pé junto que a bendita música era do rei. Beleza, melhor não contrariar. Mas o Caboclinho dizia que era do Chitãozinho e Xororó. Eu sinceramente achava que essa história estava mal contada. Por isso, fui pesquisar e descobri que a canção que deve ter sido tema de várias histórias de amor foi composta por Marciano e Darci Rossi. My god! Nunca iria acertar. Santo Google.
Mas bora pros finalmentes...Então, atendemos os pedidos de todas as outras amigas e, antes tarde do que nunca, fomos cantar a escolhida por Carolina.
Nesse momento entrou uma enfermeira no quarto.
Drª Risadinha: Agora, vamos cantar Fio de Cabelo do rei Roberto Carlos
Imaginem uma pessoa gargalhando sem parar. A enfermeira quase teve um troço.
Drª Risadinha: Minha filha está passando mal?
Enfermeira: É porque não sabia que essa música era do Roberto Carlos. Jurava que era de outra pessoa.
Dr. Caboclinho: Mas foi a Carolina que disse que era.
Carolina: Mas não é?
Imaginem um monte de loucos quase rolando no chão de tanto rir. Até os funcionários vieram ver se alguém precisava de cuidados médicos.
Para encerrar a maravilha dessa cena entoamos todos juntos.
Nunca tinha pensado que essa música pudesse ser tão engraçada.

Quando a gente ama
Qualquer coisa serve para relembrar
Um vestido velho da mulher amada
Tem muito valor
Aquele restinho do perfume dela que ficou no frasco
Sobre a penteadeira
Mostrando que o quarto
Já foi o cenário de um grande amor

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor

Quando a gente ama
E não vive junto da mulher amada
Uma coisa à toa
É um bom motivo pra gente chorar
Apagam-se as luzes ao chegar a hora
De ir para a cama
A gente começa a esperar por quem ama
Na impressão que ela venha se deitar

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor

quarta-feira, 14 de abril de 2010

No pé do Dr.Caboclinho

*O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade

Nem bem começamos o dia e o Dr.Caboclinho foi logo fazendo amizade com a Ana, bebê de um ano e meio, que andava serelepe na sala de espera. Nossa, foi difícil deixar o local. A Ana abriu o bocão buáááááááááá, pois queria ir atrás do Caboclinho, que saiu com o coração partido, mas precisava continuar com o atendimento.
Depois, conhecemos Samuel que encasquetou: Caboclinho deveria se chamar Paulo.
Dr. Caboclinho: - Não, meu nome é Caboclinho
Samuel: - Mas você tem cara de Paulo. Não é possível. Você deveria se chamar Paulo
Dr. Caboclinho: - Então tá. Pode me chamar do que quiser
Que bom! Finalmente chegaram a um consenso para começarmos a cantarolar uma das músicas preferidas de Samuel.

Caminhoneiro
Roberto Carlos (Composição: Roberto Carlos/Erasmo Carlos)

Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais

Porque eu penso nela no caminho
Imagino seu carinho
E todo o bem que ela me faz

A saudade então aperta o peito
Ligo o rádio e dou um jeito
De espantar a solidão

Se é de dia eu ando mais veloz
E à noite todos os faróis
Iluminando a escuridão

Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

Já rodei o meu país inteiro
E como bom caminhoneiro
Peguei chuva e cerração

Quando chove o limpador desliza
Vai e vem o pára-brisa
Bate igual meu coração

Doido pelo doce do seu beijo
Olho cheio de desejo
Seu retrato no painel

É no acostamento dos seus braços
Que eu desligo meu cansaço
E me abasteço desse mel

Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais

Olho o horizonte e vou em frente
Tô com Deus e tô contente
O meu caminho eu sigo em paz