Esse blog foi criado para divulgar o trabalho do Canto Cidadão, Organização Não Governamental (ONG), da qual a Drª Risadinha Risolina é voluntária. Nesta página você lerá textos que expressam as experiências que tenho vivido.



quinta-feira, 11 de março de 2010

Escolhas

Estive refletindo essa semana sobre o poder de nossas escolhas. Esses pensamentos que a gente tem de tempos em tempos. É interessante imaginar que o minuto seguinte de nossa existência, na maior parte das vezes, é o resultado de nossas decisões ou omissões. Isso serve para qualquer área da vida: profissional, afetiva, social.

Por mais que seja difícil admitir, somos responsáveis por nossos atos, não importa se resultará em erro ou acerto. Temos que, irremediavelmente, amargar a derrota ou saborear a vitória. Mas de tudo sempre é possível tirar lições.

A vida é movimento. Fecha-se um ciclo, começa-se outro. Tudo é aprendizado e a gente fica mais forte e, o melhor, com mais experiência.

Há um autor que gosto muito, Richard Bach, que disse o seguinte: “Coisas ruins não são o pior que pode nos acontecer. O que de pior pode nos acontecer é NADA. Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos.”

Pense antes de agir, pois toda ação traz consigo uma conseqüência. Porém, não se cobre pelas escolhas que talvez tenham soado erradas. Afinal, é preciso tentar ser feliz a cada dia. Na próxima quem sabe a gente faz a escolha certa. (Havolene Valinhos)

terça-feira, 9 de março de 2010

Cantarolando


*O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade

Faz mais de 20 anos que Alberto, 62, evita cantar músicas que não são cristãs por conta de sua religião. Mas nos contou que quando tinha lá seus 20 e poucos anos amava uma moda de viola. Inclusive, formou dupla com um amigo e se apresentou várias vezes em festas no interior. Apesar de não cantar por anos a fio e afirmar nem lembrar mais das letras, Alberto disse que poderíamos cantar à vontade.
No leito ao lado, seu Dorival está beirando os 80 anos. Disse que precisa da ajuda de um andador para se locomover. Quando perguntamos se ele gostava de cantar nos revelou que considera uma das melhores coisas para se fazer na vida.
Por fim, entramos num consenso e começamos a cantar. Como não somos bobos, adoramos um acompanhamento e seu Dorival logo começou a cantarolar baixinho, fazendo um esforço.
E, para surpresa de todos, de repente Alberto passou a fazer a primeira voz. Ficamos estupefatos. Realmente ele sabia cantar e com tamanha afinação, adjetivo que passa bem longe de nós (risos). Para quem afirmara há pouco que não se lembrava de letra alguma, Alberto cantou várias músicas que nem conhecíamos, mas admito que eram lindas. Imaginem a festa naquele quarto. Foi uma magia só, parecia que o tempo tinha parado naquele instante e só se ouviam as duas vozes: de Alberto e seu Dorival, extasiado com a descoberta do amigo cantor.