O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade.
Logo no primeiro atendimento conhecemos o Roberto, um baiano que reclamava do frio de Sampa. Ele nem precisava ter dito nada, pois o rapaz estava todo encapotado, preparado mesmo para uma friaca daquelas. De toca, meia, cobertor, só faltou o cachecol (rs). Estava um pouco impaciente com a situação, mas pedimos que se acalmasse que logo voltaria para sua terrinha maravilhosa. Enquanto isso, o negócio era fazer amizades com os paulistas de plantão e todas as outras naturalidades, nacionalidades que encontrasse por aqui e por ali.
O quarto de Roberto estava muito animado. Entre seus colegas estava Jair que dizia que Marcos era marajá porque se aposentou há alguns anos. "O dinheiro corre atrás dele", brincava. Marcos só ficava observando a brincadeira dos colegas com um risinho no canto da boca e com uma pose de marajá. Realmente, ele tem entrado no espírito da coisa.
E a dona Ermelina... uma graça. Com seus 80 e poucos anos era só alegria. Enrolada em um cobertor muito colorido ficava dizendo o tempo todo que eu e o Caboclinho éramos lindos...ficamos até vermelhos (rs). Ela nos disse que tem 12 filhos e ainda falou o nome de todos. Olha que lindeza!!!
E, no quarto do Claúdio, que passamos só para dar um oi, mas ele nos pegou de calças curtas:
Claúdio: - Mas já vão. Pensei que iriam contar umas piadas.
Dr. Caboclinho e Drª Risadinha: - A gente veio só dar um oi. Para falar a verdade piada não é o nosso ponto forte. O nosso negócio é conhecer pessoas interessantes como você.
E rimos um pouco para descontrair...aí ele solta:
Claúdio: - Mas tudo bem, podem ir.
Dr. Caboclinho e Drª Risadinha: - Ahaahah...agora a gente vai ficar.
Claúdio: - Não, podem ir...vocês tem que falar com outras pessoas.
Dr. Caboclinho e drª Risadinha: - Não. A gente vai ficar e queremos ver você conseguir tirar a gente daqui.
Só sei que a conversa começou assim:
Dr. Caboclinho e drª Risadinha: - Como vão as coisas?
Claúdio: - O pior daqui são os remédios e não poder sair dessa cama. Mas para relaxar, me concentro, penso na praia e começo a andar lá no pensamento, aí tudo melhora e me acalmo.
Dr. Caboclinho e Drª Risadinha: - Isso mesmo. Pensamento positivo é tudo.
E ficamos de papo mais de meia hora quase esquecendo de ir embora.