Esse blog foi criado para divulgar o trabalho do Canto Cidadão, Organização Não Governamental (ONG), da qual a Drª Risadinha Risolina é voluntária. Nesta página você lerá textos que expressam as experiências que tenho vivido.



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sou feliz por isso estou aqui

*O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante...esse foi um dos sons que cantamos com o Carlos e o Gaspar. No outro quarto, seu Roberto perguntou se era eu quem estava puxando aquela cantoria bonita rs. Respondi que estava ali cantarolando com uns amigos. Seu Roberto acompanhava dona Cecília, com a qual é casado há nada menos que 58 anos. Ele conversava comigo enquanto segurava a mão dela, que respondia apenas o básico por conta das fortes dores. Me contaram a vida em comum, sobre os filhos, netos e bisnetos. Deixei com ele um coração de cartolina para que desse a dona Cecília. Ele se emocionou e eu sai de mansinho. Na sequência encontrei outro casal maravilhoso. Luiza, super alto astral, cuidava do maridão José. Ah, e quando perguntei qual tipo de música ele gostava, se empolgou. - Todas do Balão Mágico. E aí imaginem que a cantoria rolou solta, nem parecia que estávamos no hospital Super fantástico amigo! Que bom estar contigo No nosso balão! Vamos voar novamente Cantar alegremente Mais uma canção Tantas crianças já sabem Que todas elas cabem No nosso balão Até quem tem mais idade Mas tem felicidade No seu coração Sou feliz por isso estou aqui Também quero viajar nesse balão Super fantástico, no balão mágico O mundo fica bem mais divertido Superfantásticamente! As músicas são asas da imaginação É como a flor e a semente Cantar que faz a gente Viver a emoção

domingo, 16 de setembro de 2012

A Drª Risadinha voltou...

*O relato a seguir é baseado em fatos reais, porém, os nomes das personagens são fictícios com o objetivo de preservar sua identidade Mais de um ano depois já era hora da Drª Risadinha pegar no batente. E vocês não imaginam a alegria de reencontrar tantos amigos, entre funcionários do hospital, acompanhantes e pacientes. Foi difícil segurar as lágrimas a cada atendimento na UTI. Depois de uma temporada de férias, a Drª Risadinha revelou-se um pouco mais sensível do que o normal. O jeito foi segurar o rojão e sorrir diante de tanto amor demonstrado, como os pais que não desgrudam dos filhos e esquecem até de comer. - Oh, seu João...o senhor precisa se alimentar. Senão, quem vai cuidar do Lucas?! - adverte um enfermeiro. Já em outra clínica, o problema de Maria Estela era a ‘fome’. - Pelo amor de Deus me dê comida de verdade. Aqui só tem essa sopa ralinha. Estou aqui deitada para economizar energia. Tô tão fraquinha. O bom humor dela era contagiante e nos lembra o valor de saborear cada coisa. - Gente, eu fico sonhando com o gosto dos doces. Imagina um doce de banana agora. Que delícia! Hummmm! ...dizia Maria Estela com um jeito de moleca rindo da própria situação. E parece que o tema comida estava em alta hoje. Chegamos no quarto do José na hora do almoço e não é que papo vai, papo vem...o Manoel, seu companheiro de quarto se distraiu na prosa... José: - Oh Manoel! Essa não é a minha comida?! Manoel: - Ops, desculpa aí...é mesmo Por vezes nos esquecemos que são eles que estão passando por um momento tão delicado da vida, tamanha a força e sabedoria desses guerreiros. Obrigada pela oportunidade de conhecê-los meus amigos!