Esse blog foi criado para divulgar o trabalho do Canto Cidadão, Organização Não Governamental (ONG), da qual a Drª Risadinha Risolina é voluntária. Nesta página você lerá textos que expressam as experiências que tenho vivido.



terça-feira, 26 de agosto de 2008

Reflexões


Esse final de semana fui ao velório de uma amiga de minha família. Apesar da saudade gostaria de chamar a atenção para um fato que achei curioso. Ao utilizar o banheiro do local percebi que várias mensagens haviam sido escritas na porta por pessoas diferentes. Todas eram direcionadas para amigos e parentes que faleceram, mas que deixaram saudades, como essas por exemplo: “Primo, sentiremos muito sua falta”. “Mãe você é e sempre será nossa rainha”. Observei que o fato se repetia em todas as outras portas, são pelo menos cinco. Chamei até minha mãe para observar comigo.
Na hora da perda, da separação, muitas pessoas deixavam ali seu último adeus, talvez para diminuir a dor da separação, talvez para gritar para o mundo, prestar uma homenagem ou registrar pela última vez como aquela pessoa era querida. No final, a reflexão que ficou é que embora o ente querido provavelmente não possa ver aquilo, muitos como eu e minha mãe que leram aquelas mensagens sentiram uma paz imensa e que o verdadeiro AMOR é a única coisa que nunca separará os amigos de verdade.

E falando em AMOR, especialmente quando se trata do próximo, queria falar sobre uma situação que presenciei ontem. Estava em um evento a trabalho na famosa avenida Goiás, em São Caetano. Estava acompanhada de dois colegas de trabalho e um deles comprou um garrafa de água para beber no caminho de volta, disse estava “morrendo de sede”. Porém, ao sairmos do evento encontramos uma moradora de rua, dormindo, no frio. Pensamos em conversar com ela, mas dormia. Preferimos não incomodar. Ficamos incomodados, pois era um contraste saber que há poucos metros as pessoas estavam se servindo de um dos melhores cardápios da cidade.
Prontamente, meu colega pegou a garrafa de água que nem havia aberto e deixou ali ao lado da mulher.O gesto pode parecer pequeno, mas era o tinha de melhor para oferecer naquele momento e nos fez pensar em nossa pequenez, a brevidade da vida e a ilusão do prestígio social. Afinal, é preciso saber viver.

4 comentários:

dr.polenticão disse...

A DOUTORA RISADINHA NÃO SE CANSA DE SE SUPERAR,
ATÉ ESCREVENDO SOBRE PORTA DE BANHEIRO DE VELÓRIO FICA LEGAL.

TEM COMO DEIXAR DE SER FÃ?


ESCREVE MAIS, MAIS E MAIS, TÁ?

Bjk

Dr.POLENTICÃO,
SEU FÃ E PUXA-SACO DE PLANTÃO

Taty disse...

Me lembrei da sua frase no orkut...que o amor é a única coisa que ao ser dividida cresce ainda mais...realmente os gestos pequenos e simples porém muito sinceros são os melhores para provar o poder transformador do bem.

Parabéns!

Anônimo disse...

Concordo com a Taty, só com o amor é possível que o que é dividido faça um bem ao outro, por mais que seja um pequeno gesto.
Tenho orgulho de ser sua amiga, Dra Risadinha!!!
Beijão!

Alícia disse...

Também adorei as histórias.
O caso do velório é até animador, se pensarmos que todos que se vão são lembrados com uma palavra de carinho na despedida. E a história dos contrastes urbanos, sabemos que é comum, encontrarmos essas discrepâncias, o importante é ter pessoas como vc e seu amigo, pra olhar pelos carentes.
Beijos