Chegamos no quarto onde a Dona Inês, que gosta de contar piadas, estava e foi aí que aprendi uma grande lição da Drª Cacatua. Percebi que tinha uma senhora com um aparelho respiratório no último leito, mas como ela tinha visitas ficamos conversando com a dona Inês e a dona Jane que já estava indo embora. Então, a Drª Cacatua foi se achegando perto do leito da dona Olinda e eu fui depois. As filhas dela estavam emocionadas e, como o neto de dona Olinda também estava ali.O menino tinha uns nove anos, era claro que o quadro não era nada bom, pois até aquele momento não havia visto nenhuma criança entre as visitas.
A Drª Cacatua abaixou seu tom de voz e conversou com carinho com elas, depois nos despedimos. Porém, quando estávamos indo embora chegaram o Dr. Polenticão e a Drª. Piriquilim, para enturmá-los pedi para a dona Inês contar uma piada, percebi o deslize e fui salva pela Drª Cacatua antes da dona Inês começar. Com certeza foi algo que me marcou muito: o silêncio, por vezes, faz muita diferença.
Fora o senhor Saulo, um espanhol mais que simpático, o senhor Carlos que é um amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores... e que chama de querida a sua namorada...cantamos a música do Roberto Carlos. Ele estava ansioso para receber a visita de sua namorada (sua esposa). E o Edson que depois de uns 10 minutos de conversa nos perguntou porque estávamos vestidos daquela maneira, eu fiquei na saia justa, mas a Drª Cacatua mais uma vez me salvou: “Você acha que a gente tem cara de quê?” Muito obrigada doutora.
Um grande beijo. Esse foi apenas o segundo dia.
Todos os relatos são baseados em fatos reais, porém, os nomes dos personagens são fictícios para preservar sua identidade.
2 comentários:
Parabéns, Dra. Risadinha Risolina.
Seu blog está muito gostoso de ler.
Continue.
Dr.Bigodinho Nhoque (às vezes vosso Luiz)
Olá Risadinha quanto tempo!
Parabéns pelo blog, acho muito legal esse tipo de iniciativa. Será que haveria mais uma vaga agora em janeiro pra outro palhaço? rs
Feliz ano novo e um ótimo 2008 pra vc!
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